Medidas para diminuir o risco de febre maculosa, temida pelos efeitos rápidos e fatais, são essenciais em áreas de risco.
A picada do carrapato do gênero Rickettsia infectado é responsável pela transmissão da febre maculosa, portanto, evitar essa picada é essencial.
Conhecido como carrapato estrela, esse aracnídeo perigoso pode transmitir a febre maculosa aos seres humanos. Tal transmissão ocorre quando fica por tempo suficiente preso à pele: cerca de 4 a 6 horas.
Os hospedeiros dos carrapatos comumente são capivaras, bois, cavalos e até mesmo cães.
Como se vê, são animais frequentes na convivência humana, o que nos deixa bem próximos do perigo.
Como lidar com essa ameaça silenciosa? Leia e descubra!
Febre maculosa: sinais de contaminação e medidas de autocuidado
Nem todos conhecem o carrapato estrela e em muitos casos a identificação tardia da infecção pode levar a desfecho fatal.
Por isso, em caso de ser picado por carrapatos e apresentar febre é fundamental procurar assistência médica imediatamente.
Além de apresentar sinais de febre a vítima pode ter:
Calafrios;
Fortes dores de cabeça;
Náuseas e vômitos;
Diarreia e dor no abdômen;
Dor muscular persistente;
Palmas das mãos e sola dos pés inchados;
Manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, avançando para as palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
O tratamento precoce pode evitar o agravamento da doença ou a evolução para óbito.
Na maioria dos casos o paciente deve se tratar com antibióticos sob prescrição médica e pode precisar de internação.
Como não foi desenvolvida nenhuma vacina ainda, é importante recorrer às medidas preventivas para diminuir o risco de febre maculosa.
Para evitar a contaminação, alguns cuidados podem ser essenciais em situação de risco:
Prefira roupas claras para enxergar os carrapatos, caso se aproximem;
Ao caminhar em áreas arborizadas, florestadas e gramadas proteja-se através de calças, botas e blusas com mangas compridas;
Evite grama alta e vegetação florestal sem o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs);
Faça uma vistoria regular na pele se estiver em áreas com potencial de picadas;
Em caso de picada extraia o carrapato torcendo-o levemente ou com auxílio de pinça, não o esmague;
Higienize a pele com álcool ou água e sabão;
Em fazendas, recomenda-se o uso periódico de carrapaticidas, como medida de controle para evitar o aparecimento de carrapatos nos animais, ou até mesmo eventual infestação.
Sinais de perigo: medidas de controle e prevenção
O manejo ambiental pode evitar a propagação e contato do carrapato estrela com humanos.
Uma experiência de manejo das capivaras resultou na redução de ocorrências de carrapatos em humanos em Pirassununga.
No período de julho/2008 a junho/2009 instalaram 2.200 metros de alambrado.
As cercas limitavam áreas de tanques, viveiros, laboratórios do Cepta/ICMBio e terrenos florestados. Desse modo, as capivaras ficaram fora das áreas de circulação de pessoas.
Posteriormente, as pesquisas indicaram ausência de carrapatos em funcionários e visitantes, comprovando a eficácia da medida para diminuir o risco de febre maculosa.
É importante ficar atento aos altos índices de ocorrência de carrapato entre os meses de abril e outubro, bem como é prudente acompanhar alterações ambientais, tal como o aparecimento de grandes populações de capivaras. A presença incomum e desordenada da população deste mamífero roedor em áreas urbanas e arredores deve ser monitorada.
Conclusão
As medidas de controle por parte do setor público incluem monitoramento e visitas técnicas às regiões suspeitas ou de ocorrência.
Incluem também sinais de alerta e orientação à população, além de realizar investigações epidemiológicas (pesquisas acarológicas).
É um trabalho complexo e estratégico que exige perspicácia para localizar um inimigo silencioso e sorrateiro.
As áreas de APP com presença de capivaras devem ser isoladas das áreas utilizadas por humanos, a fim de que pessoas não tenham acesso às áreas de APP e que capivaras não possam circular nas áreas de uso da população humana.
O controle recorre também a meios indiretos como a busca por casos suspeitos, possibilitando a identificação de áreas com infestação. Dessa forma o registro do fluxo de pacientes e alinhamento de informações permitem identificar áreas de risco e de transmissão efetiva.
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